domingo, 23 de junho de 2013

HPV pode causar câncer de garganta e do colo do útero entre outros

A infecção do papilomavírus humano (HPV) por meio do sexo oral é um dos maiores fatores de risco do câncer de garganta entre homens e mulheres, revelou um estudo publicado pela revista científica New England Journal of Medicine.
Segundo os cientistas do Centro Oncológico Johns Hopkins, em Baltimore (Maryland), o perigo de contrair o vírus aumenta quando a prática do sexo oral é realizada com vários parceiros e, como no caso da maioria das doenças venéreas, uma boa proteção é o preservativo.

HPV, doença sexualmente transmissível causada pelo papilomavírus humano (HPV) sempre chamou a atenção das mulheres por ser um dos possíveis desencadeadores do câncer de colo de útero. Recentemente, porém, o HPV foi apontado também como causador do câncer de garganta. A declaração foi do ator norte-americano Michael Douglas, que disse ter contraído a doença ao praticar sexo oral.

  O médico José Luiz Affonso Fuser Júnior, mestre em Oncologia pelo Institute of Cancer Research, em Londres, explica que o HPV pode realmente causar câncer de garganta. “O vírus pode causar mutação nas células sadias, que ao longo do tempo podem se transformar em células cancerígenas. Estima-se que, nos EUA e Europa, até 50% dos casos de tumores da base de língua (orofaringe – o mesmo tipo que teve o ator Michael Douglas) têm o HPV como um dos fatores causadores”, afirma. O diagnóstico pode ser feito pelo médico clínico ou pelo otorrinolaringologista, através de exame físico e posterior laringoscopia. Ele ressalta, no entanto, que não há como ter certeza absoluta de que um caso específico foi causado somente pelo HPV ou se tiveram outros fatore

O que é
- O HPV (sigla em inglês para Human Papiloma Virus) é uma família de vírus com mais de 80 tipos. Vive na pele e nas mucosas genitais tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Trata-se de uma infecção adquirida através decontato sexual.
HPV Papiloma vírus humanoHPV Papiloma vírus humano
- Nos genitais, existem duas formas de manifestação clínica: as verrugas genitais que aparecem na vagina, pênis e anus; e outra forma, que é microscópica, que aparece no pênis, vagina e colo de útero. Na vulva, ele causa a doença chamada condiloma genital.

- Enquanto alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, outros infectam a região genital, podendo ocasionar lesões que, se não tratadas, se transformam em câncer de colo do útero. Geralmente, esta infecção não resulta em câncer. Mas é comprovado que 99% das mulheres que têm câncer do colo uterino, foram antes infectadas por este vírus. No Brasil, cerca de 7 mil mulheres morrem anualmente por esse tipo de tumor.
Sintomas e diagnóstico
- Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. O vírus pode ficar instalado no corpo por muito tempo sem se manifestar, apesar de poder ser transmitido. Pode entrar em ação em determinadas situações como na gravidez ou numa fase de estresse, quando a defesa do organismo fica abalada.

- A mulher tanto pode sentir uma leve coceira, ter dor durante a relação sexual ou notar um corrimento. O mais comum é ela não perceber qualquer alteração em seu corpo.

- O diagnóstico de suspeita do HPV é feito através dos exames de Papanicolaou ou a colposcopia e o diagnóstico de certeza é feito através de biópsia da área suspeita. Existem também exames que identificam o tipo do vírus e se os mesmos são cancerígenos.

Tratamento 

- Uma vez detectado, e se está causando lesão específica, as células do local infectado pelo HPV, devem ser submetidas a destruição química ou física. O procedimento deve sempre ser indicado e realizado por médico especialista.

- Em seus estágios iniciais, as doenças causadas pelo HPV podem ser tratadas com sucesso em cerca de 90% dos casos, impedindo que a paciente tenha maiores complicações no futuro.

- O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Deve ser feito o acompanhamento sistemático.

- A melhor arma contra o HPV é a prevenção e se fazer o diagnóstico o quanto antes.

Prevenção 

- Manter cuidados higiênicos
- Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros
- Usar preservativos em todas as relações sexuais
- Visitar regularmente seu ginecologista para fazer todos os exames de prevenção 
- É importante que o parceiro também procure um médico para verificar se ele está com o vírus.