quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

GRAVIDEZ: SANGRAMENTO VAGINAL E OUTROS SINTOMAS

 
 
Saiba o que grávida não pode fazer
Ter um sangramento vaginal leve no começo da gravidez é bastante comum. Acontece em cerca de 20 por cento das gestações. Sempre que tiver algum tipo de sangramento, fale com seu médico. Leia a seguir mais detalhes.

O que devo fazer se notar um sangramento vaginal?

Se você notar um pouco de sangue na calcinha, mesmo que seja amarronzado, como finzinho de menstruação, procure o médico. Provavelmente você precisará ser examinada para descartar complicações e garantir que você e o bebê estejam bem.

A maior probabilidade é que não seja nada de grave, mas só o médico vai poder determinar isso, depois dos exames adequados, como um ultrassom e um exame de toque para ver se há alguma dilatação no colo do útero.

Se você estiver com um sangramento forte, se sentindo mal ou com dor, vá para o pronto-socorro imediatamente.

É normal ter um pouco de sangramento no começo da gravidez?

O sangramento no começo da gravidez é bastante comum, embora não seja exatamente "normal". Ele é mais frequente nos primeiros três meses da gravidez, e na maioria das vezes é causado por algo sem importância.

Mas qualquer sangramento é suficiente para deixar a mulher bastante preocupada. O melhor é mesmo conversar com o médico para tentar descobrir a causa do sangramento. É possível que ele recomende repouso por alguns dias, ou que peça para você não manter relações sexuais até o sangramento passar.

O que causa esse tipo de sangramento vaginal?

Há muitas causas para um leve sangramento vaginal na gravidez:

  • Nidação. Conforme o óvulo fertilizado adere à parede do útero, pode haver um sangramento de implantação, que normalmente é leve e dura um ou dois dias. Às vezes esse sangramento acontece antes mesmo de a mulher confirmar a gravidez.
  • Sexo. Na gravidez, o fluxo de sangue para a vagina e para o colo do útero aumenta, e pequenos vasos podem romper após uma relação sexual ou esforço físico maior, sem risco para o bebê.
  • Ultrassom transvaginal ou exame de toque. Também por causa do aumento da circulação de sangue na vagina e no colo do útero, pode haver um pequeno sangramento depois de um exame mais invasivo. Normalmente não é nada grave.
  • Reprodução assistida. Mulheres que se submeteram a técnicas de reprodução assistida como a FIV (fertilização in vitro) estão mais sujeitas a pequenos sangramentos no início da gravidez, em especial quando um dos embriões implantados não vinga.
  • Medicamentos anticoagulantes. Em alguns casos de mulheres com risco de aborto espontâneo os médicos receitam remédios como a heparina ou a aspirina, que favorecem a ocorrência de pequenos sangramentos.
  • Miomas ou pólipos. Pólipos são pequenas protuberâncias que nascem no útero ou no colo do útero, e podem sangrar, mas são inofensivos. Já os miomas são tumores benignos dentro do útero. Se a placenta se fixar perto de um mioma, pode haver sangramento.
  • Infecção na vagina ou no colo do útero. O médico vai avaliar com exames se existe infecção e receitar medicamentos para combatê-la.
  • Sangramento de escape. Em alguns casos, os hormônios fazem com que haja um pouco de sangramento na mesma época em que você estaria menstruando se não estivesse grávida. Esse tipo de sangramento é um dos motivos para algumas mulheres só descobrirem mais tarde que estão grávidas.
  • Início do trabalho de parto. Se você está grávida de mais de 37 semanas, a presença de um "sinal" de sangue na calcinha pode ser indicação de que o trabalho de parto está próximo. Mas não precisa sair correndo para o hospital, a não ser que tenha sangramento em grande quantidade. Continue observando seu corpo.

O sangramento pode indicar algum risco mais grave?

Embora na maioria das vezes o sangramento durante a gravidez não indique um problema sério com o bebê, infelizmente em alguns casos ele pode ser sintoma de algo mais grave:
  • Hematoma intra-uterino. É quando uma bolsa de sangue se forma no útero. O médico vai acompanhar a gestação com mais cuidado e pode recomendar repouso.
  • Ameaça de aborto espontâneo. A ameaça de aborto espontâneo é mais grave se o sangue for vermelho e se vier junto com cólicas ou dor forte. Esses também podem ser os sintomas de uma gravidez ectópica ou de uma gravidez molar. Procure atendimento médico.
  • Problemas com a placenta. Qualquer sangramento depois de 20 semanas de gravidez pode indicar descolamento de placenta ou placenta prévia (quando a placenta fica perto da abertura do colo do útero).
  • Ameaça de parto prematuro. Um sangramento a partir do segundo trimestre pode indicar algum problema que leve a perdas tardias, como a insuficiência do colo uterino, ou ao parto prematuro.

Qual é o tratamento para o sangramento na gravidez?

Muitas vezes não há um tratamento específico para o sangramento na gravidez. O médico pode recomendar que você "pegue leve" nos dias seguintes ou que faça repouso.

Às vezes os médicos receitam reforços hormonais.

Se você tiver sangue fator Rh negativo, o médico provavelmente vai receitar uma vacina para o caso de o bebê ser Rh positivo, como precaução.



O QUE VOCÊ NÃO DEVE INGINORAR

 Destaques
 
Atividades para não fazer quando grávida
Por mais que você leia sobre gravidez ou converse com outras mães, às vezes é difícil saber se o que você está sentindo é normal ou não. Veja abaixo uma lista de sintomas que nunca devem passar em branco. Se você sentir um deles, não hesite em procurar o médico.

Você sabe que tem algo errado

Se você não tem certeza sobre algum sintoma, se está se sentindo estranha ou inquieta, confie nos seus instintos e ligue para o médico. Se houver algum problema, você receberá ajuda. Se não houver nada de errado, você ficará mais calma.

Os médicos estão acostumados a esse tipo de situação, e não devem se incomodar em tranquilizá-la. Seu corpo está mudando tão rápido que às vezes é difícil saber se o que você está sentindo é "normal".

Dor forte na parte superior ou no meio da barriga, com ou sem náusea

Esse sintoma pode indicar má-digestão, gastroenterite causada por vírus ou pré-eclâmpsia -- um problema grave que precisa ser avaliado rápido.

Dor forte no baixo ventre ou dos lados

Pode ser que você só tenha distendido um ligamento, mas também pode ser sinal de gravidez ectópica, aborto espontâneo, trabalho de parto prematuro, mioma ou descolamento de placenta, por isso é importante falar com o médico.

Febre

Se sua temperatura está acima de 37,5ºC, ligue para o médico no mesmo dia.

Se a febre passar de 39ºC, procure o médico imediatamente. Você provavelmente está com uma infecção. O médico pode prescrever antibióticos ou repouso. A manutenção da temperatura a níveis elevados por muito tempo pode ser prejudicial para o bebê.

Ausência ou forte redução nos movimentos do bebê depois da 22a semana

Se você não tiver sentido o bebê em 24 horas, ele pode estar em sofrimento, portanto procure o médico. (Leia mais sobre os movimentos do seu bebê, incluindo explicações sobre quando procurar ajuda.)

Problemas de visão que durem mais de duas horas

Visão dupla, visão embaçada, pontos brilhantes ou luzes -- esses sintomas podem indicar pré-eclâmpsia.

Inchaço nas mãos, no rosto e nos olhos

Se o inchaço estiver acompanhado de dor de cabeça ou problemas de visão, pode ser sinal de pré-eclâmpsia.

Dor de cabeça forte que dure mais de duas horas

Se você estiver com problemas de visão e inchaço nas mãos, nos olhos e no rosto, pode estar com pré-eclâmpsia.

Ganho rápido de peso de mais de 1 quilo, com inchaço, dor de cabeça e perturbações visuais.

O ganho de peso repentino, sem relação com a alimentação, também pode ser um sinal de pré-eclâmpsia, especialmente se acompanhado de inchaço nas mãos e nos pés, dor de cabeça ou perturbações visuais.

Sangramento vaginal, leve ou intenso

Leves sangramentos, sem dor, podem ser um sinal normal da implantação, quando o embrião vai se aninhando no útero, no comecinho da gravidez. Mas você deve procurar o médico mesmo assim, porque o sangramento pode indicar problemas na placenta, por exemplo.

O sangramento mais intenso, principalmente se acompanhado de dor nas costas ou dor abdominal, pode estar ligado a uma ameaça de aborto ou ao próprio aborto espontâneo, uma gravidez ectópica ou à chamada placenta prévia, que pode causar hemorragia. . Nos estágios mais avançados da gravidez, o sangramento pode indicar ainda outros distúrbios na placenta ou trabalho de parto prematuro (antes das 37 semanas).

A perda de líquido pela vagina antes das 37 semanas de gravidez significa que sua bolsa estourou antes do tempo. O médico pode preferir que você seja internada, para evitar uma infecção. Se o líquido começar a sair depois das 37 semanas, você deve estar prestes a entrar em trabalho de parto, por isso deve ligar para o médico ou para a maternidade para saber quando ir para lá.

Aumento súbito na sede e diminuição na urina

Esses sintomas podem ser sinal de desidratação ou de diabete gestacional, um problema que pode ser perigoso para a mãe e para o bebê.

Dor ou queimação na hora de fazer xixi, com febre, calafrios e dor nas costas

Esses sinais podem indicar uma infecção no trato urinário, que tem de ser tratada com antibióticos.

Vômitos severos

Vomitar mais que uma ou duas vezes por dia pode deixar você desidratada e fraca, mas não vai prejudicar o bebê. Você precisará conversar com o médico, porque o excesso de vômitos na gravidez é uma complicação que pode ser tratada. Se você começar a vomitar de repente e estiver com febre, pode estar com alguma infecção.

Desmaio e tontura

Pode ser sinal de que você não se alimentou bem naquele dia, mas também pode significar que você está com a pressão baixa.

Muitas mulheres sentem vertigem durante a gravidez. Se você desmaiar, fale com o médico para que outras causas sejam descartadas.

Coceira no corpo todo no final da gravidez, urina escura e fezes claras

Esses sintomas podem indicar hepatite ou outro problema no fígado, como a colestase obstétrica. Um pouco de coceira é normal, porque a pele está se esticando para acomodar o bebê, mas é melhor verificar.

Você caiu ou levou uma pancada na barriga

Quedas nem sempre são perigosas, mas fale com o médico no mesmo dia e explique o que aconteceu. Se você escorregou na escada e bateu o cóccix, provavelmente não tem com o que se preocupar; o bebê está protegido pelo útero e pelo líquido amniótico.

Em casos raros, porém, pode haver complicações. Se você sentir contrações, perda de líquido ou sangramento, ligue para o médico na hora ou vá para o pronto-socorro mais próximo.

http://brasil.babycenter.com/a1500450/sintomas-da-gravidez-que-nunca-devem-ser-ignorados#ixzz2uToYCj2f

http://brasil.babycenter.com/a1500519/sangramento-de-escape-spotting#ixzz2uTk3ap2O

sábado, 1 de fevereiro de 2014

HPV / VACINA



Condiloma acuminado (HPV)


O que é

O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Vacina

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina:
- Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero?
- Qual o tempo de proteção conferido pela vacina?
- Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
- Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas (verrugas)?
A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.
A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada?
Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob quais condições a vacina pode se tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmobilizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas são as meninas que ainda não fizeram sexo, que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame Papanicolau e as DST que, mesmo comprovada a eficácia da vacina e sua aplicação ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas.

Em 2014 o SUS disponibilizará a vacina para meninas de 11 a 13 anos e em 2015 de 9 a 15 anos.

A camisinha ainda é a melhor prevenção.