segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A importância do Aleitamento Materno


                                                                                           
             O Aleitamento Materno (AM) traz inúmeros benefícios ao bebê, a mãe e a sociedade, como um todo. Dentre os benefícios, encontram-se a prevenção de hemorragia e consequente anemia materna, pois a sucção do bebê auxilia na contração uterina, o que também ajuda na diminuição do tamanho do abdômen da mãe. Por isso, pode-se estimular o AM mesmo logo após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto.

Vale dizer que o AM é extremamente prático e econômico, uma vez que o leite é produzido pelo próprio organismo, na temperatura correta, o que facilita a vida da mãe que não precisará esquentar mamadeiras, lavar utensílios de cozinha, entre outros.


Além disso, o vínculo afetivo entre a mãe e o filho é muito estimulado pelo AM, o qual ainda fortalece o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias e intestinais, levando-o a ganhar peso, fato que o ajudará a crescer forte.


Muitas mulheres pensam ter o leite fraco, especialmente ao verificarem que nos primeiros dias após o parto sai de seu peito um líquido ralo e claro. Na verdade, este leite chama-se colostro e é importantíssimo para o bebê, pois nele existem inúmeros anticorpos que a mãe passa ao seu filho, protegendo-o contra diversas doenças. 


Desde que o médico não contraindique o aleitamento materno, toda mulher pode (e deve) amamentar o seu bebê, o qual precisa ingerir unicamente leite materno até o sexto mês de vida. A partir deste período, o pediatra orientará a introdução de novos alimentos.


O bebê deve ser amamentado todas as vezes que desejar. Também, a mãe deve permitir que a criança mame até o momento em que sentir o peito vazio ou murcho para, só então, oferecer a outra mama. 


Estas são recomendações importantes, pois muitas mães reclamam que seus filhos choram o tempo todo, que querem mamar a toda hora e que o leite produzido é fraco e, por isso, leva a criança a sentir fome. 


Na verdade, o leite não é fraco. O bebê é que sente fome, uma vez que este alimento é rapidamente digerido. Além disso, as mulheres produzem dois "tipos de leite": o que se concentra no fundo da mama, rico em nutrientes, capaz de estimular o ganho de peso e o crescimento do bebê; e o localizado mais na parte da frente da mama, rico, principalmente, em água, o que leva a recomendação de que não é necessário oferecer água a criança até o sexto mês de vida. 


É sempre bom lembrar que o bebê deve ser colocado para arrotar, logo após a mamada e, se ele for ficar deitado, deve ser posicionado de lado, pois, caso vomite, não corre o risco de sufocar-se. Sob o colchão do berço pode ser colocado um cobertor, por exemplo, a fim de que a criança, ao deitar-se, fique com a cabeça e o tronco um pouco mais altos que seus membros inferiores, prevenindo assim o refluxo.


É muito comum as mulheres sentirem dores nas mamas, devido às rachaduras (fissuras). Para preveni-las, é necessário passar o próprio leite na mama, antes e após dar de mamar. Caso as rachaduras já existam, o leite ajudará a cicatrizá-las. Na maioria das vezes, o que faz o peito rachar é o jeito que o bebê abocanha a mama: sua boquinha deve envolver e abocanhar a aréola do peito, aquela parte redonda e mais escura, localizada ao redor do bico do seio. Se o bebê sugar somente o mamilo (bico), com o tempo, a mama ficará machucada. Para corrigir as fissuras existentes, além de passar o próprio leite na mama, a pega do bebê, ou seja, o jeito que ele abocanha a mama, também deve ser corrigida.


Também é comum reclamações de dores nas costas, no pescoço e nos ombros. Por isso, ao amamentar, a mulher deve preferir ambientes tranquilos, posicionar-se de maneira confortável, com a coluna alinhada e os pés apoiados, pois, se ficarem pendurados, facilitam a formação de edemas e inchaços. Durante a amamentação podem ser utilizados travesseiros e almofadas, que podem ajudar no apoio do bebê, sem levar a mãe a se curvar e fazer o uso de força para segurá-lo.


Para dormir, o ideal é que a mãe escolha ficar de lado, com as pernas encolhidas e um travesseiro entre elas, a fim de proteger a sua coluna. O travesseiro da cabeça deve ter altura adequada, de modo que a cabeça e a coluna cervical fiquem bem posicionadas. Caso queira dormir de barriga para cima, pode colocar um travesseiro sob os seus joelhos, de maneira que fiquem levemente dobrados.