domingo, 2 de setembro de 2012

GONORREIA

O que é a gonorreia?

Gonorreia ou blenorragia (popularmente conhecida como pingadeira) é uma doença sexualmente transmissível, altamente contagiosa, resultante da infecção bacteriana pela Neisseria gonorrhoeae, uma bactéria gram-negativa que atinge tanto homens como mulheres.

Nos homens, ela adere à mucosa do trato urinário e resiste ao jato da micção.

As pessoas que uma vez tiveram gonorreia  podem vir a tê-la novamente, se tiverem novos contatos com pessoas infectadas.

Como se contrai a gonorreia?

A Neisseria gonorrhoeae pode entrar no organismo pela boca, ânus ou vagina. No entanto, a forma mais comum de contágio é pelo ato sexual. Mais raramente pode acontecer pelo parto (a mãe contamina o bebê, sobretudo com a forma ocular da gonorreia - conjuntivite gonocócica. Pode ocorrer, também, contaminação dos órgãos sexuais da criança) ou por contaminação indireta, através do uso comum de objetos ou utensílios íntimos. A contaminação em vasos sanitários, com agulhas infectadas ou com outros objetos contundentes é muito rara.

Quais são os sintomas da gonorreia?

Entre o contágio e a manifestação da doença transcorre um período assintomático de 5 a 10 dias o qual, em casos muito raros, pode alcançar 30 dias.

No homem, ocorre ardência ou dor ao urinar, febre baixa e corrimento amarelo purulento através da uretra. Se deixada evoluir, pode causar prostatite (infecção da próstata) ou epididimite (infecção dos testículos) e mesmo infertilidade (rara).

Grande parte das mulheres (cerca de 70%) não apresenta sintomas. Nas restantes ocorrem dores ou dor para urinar, urina solta, dor na região pélvica e corrimento vaginal. Nelas a infecção gonocócica se localiza preferencialmente na uretra, colo do útero e glândulas na vulva, em face das dobras naturais que favorecem a proliferação das bactérias. Se não tratada a tempo, a gonorreia pode ascender para o trato genital superior e causar complicações, podendo resultar em infertilidade.

Em casos raros não tratados o gonococo pode se disseminar, afetando a pele, as articulações, o cérebro, as válvulas cardíacas e os olhos.

Como o médico diagnostica a gonorreia?

Em geral, basta o exame clínico para diagnosticar a gonorreia, não havendo necessidade de exames laboratoriais específicos. Porém pode ser colhida a secreção uretral, a qual logo após a coleta deve ser semeada em um campo de cultura. Após 72 horas, o especialista pode determinar o grau de contaminação do paciente.

Como é o tratamento da gonorreia?

O tratamento se faz com antibióticos orais ou injetáveis, além de medidas de higiene. É importante o uso de preservativos (camisinhas) para prevenir a propagação da doença.

Embora os sintomas possam desaparecer em dois dias, nos casos não complicados, o antibiótico deve continuar sendo tomado por todo o tempo prescrito.

Salvo os casos raros de cepas excepcionalmente resistentes, a Neisseria gonorrhoeae é bastante sensível aos antibióticos adequados.
Como evolui a gonorreia?

Adequadamente tratada, a gonorreia é de fácil cura. Se não tratada, pode levar a complicações e à infertilidade. Como a bactéria  Neisseria gonorrhoeae às vezes também contamina outros setores orgânicos, pode haver afecção das conjuntivas (conjuntivite gonocócica), do ânus, da bexiga, da garganta, das articulações, etc.

Como evitar a disseminação da gonorreia?

  • Use camisinha em todas as relações sexuais.
  • O parceiro deve também se submeter ao mesmo tratamento que o doente, preventivamente.
  • Não compartilhe toalhas ou objetos pessoais íntimos com outras pessoas.
  • Todas as pessoas infectadas devem evitar atividades sexuais até o fim do tratamento da gonorreia.

                      texto original: www.abc.med.br

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