quinta-feira, 22 de junho de 2017

FURÚNCULO

FURUNCULOS 

Muitas bactérias são resistentes a antibióticos, algumas vezes é necessário fazer uma cultura com antibiograma da secreção dos abcessos para saber a qual antibiótico a bactéria é sensível. Toda evolução deve ser comunicada ao médico.
 No caso de infecções de difícil controle a ajuda de um infectologista pode ser solicitada.


Complementação
FOLICULITE
Infecção simples dos folículos pilosos. Manifesta-se por pápulas eritematosas que circunscrevem o pelo. Formam-se pústulas que, ao romperem, deixam pequenas crostas; as coxas, o tórax e os braços são os locais mais acometidos. A região da barba pode ser sede de infecções foliculares recidivantes e infiltrativas, constituindo a sicose da barba. O paciente não apresenta sinais de comprometimento do estado geral e a infecção deve ser tratada, na maioria das vezes, com antissépticos locais.
FURÚNCULO, FURUNCULOSE E ANTRAZ
Furúnculo constitui infecção folicular mais extensa, que compromete o tecido celular subcutâneo próximo. Forma-se nódulo pustuloso, quente e doloroso, que se rompe e elimina conteúdo necrótico e purulento, aliviando, de pronto, o desconforto local. Furunculose é a concomitância de vários furúnculos em múltiplas localizações, preferencialmente em áreas do corpo recobertas por pelos, como a face, o pescoço, as axilas e as nádegas. Podem ocorrer lesões-satélites e novas lesões em áreas distantes do furúnculo primário.
Muitas vezes, há recorrência da infecção, podendo se estender por meses ou anos, tornando-se um problema de difícil resolução clínica. Exige investigação de condições orgânicas facilitadoras e pesquisa de comunicantes, que podem ser o reservatório para a recorrência das infecções. Carbúnculo ou antraz é a infecção estafilocócica mais grave e profunda, ela envolve os folículos pilosos da pele espessa e inelástica do dorso, da face posterior do pescoço e da nuca.
A pele suprajacente espessa impede a drenagem do conteúdo purulento e resulta em lesão grande, endurecida e muito dolorosa, com vários sítios ineficazes de drenagem. Desenvolve-se área ulceronecrótica no centro da lesão, que evolui com progressiva granulação do tecido subjacente, formando área cicatricial dura e hipertrófica de coloração violácea. No antraz ocorrem sintomas gerais como febre e mal-estar. Adenite supurativa pode estar presente e frequentemente ocorrem episódios bacteriêmicos.
Essa infecção é mais frequente em pacientes com diabetes mal controlado e, quando ocorre em jovens, deve-se investigar defeitos de fagocitose e alterações metabólicas.
HIDRADENITE SUPURATIVA
Infecção progressiva e recorrente das glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas nas axilas, nos genitais, no períneo e, menos frequentemente, na região da aréola mamária. As lesões são nódulos inflamatórios, dolorosos, que drenam espontaneamente formando trajetos fistulosos e coleções purulentas. Quando ocorre na região genital, pode mimetizar linfogranuloma venéreo.
Com as recidivas ocorrem retrações cicatriciais hipertróficas. O caráter crônico redicivante traz grande desconforto ao doente, mas os sintomas gerais, em regra, são discretos.
HORDÉOLO
Infecção estafilocócica nas pálpebras que acomete os cílios e seus anexos. Forma-se lesão dolorosa e semelhante ao furúnculo, com edema inflamatório que se estende à pálpebra.
PARONÍQUIA E PANARÍCIO
S. aureus, por meio de lesões traumáticas periungueais, pode determinar lesões inflamatórias muito dolorosas que acabam por drenar secreção purulenta pelas dobras periungueais. Esta infecção constitui a paroníquia, comum em pessoas que manipulam água, sabão e detergentes com frequência. Outros agentes etiológicos podem estar implicados, inclusive Candida albicans, especialmente em pacientes com diabetes. Panarício constitui a infecção da extremidade do dedo com formação de abscesso, sinais de inflamação e dor muito intensa.
IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO
Infecção superficial da pele previamente colonizada pelo S. aureus. Pequenas soluções de continuidade da pele permitem a infecção, pode ocorrer a formação de bolhas causadas pela toxina estafilocócica produzida no local. Acomete preferencialmente crianças, determinando lesões múltiplas na face e nas pernas, que podem se estender a outras áreas. As lesões se iniciam com máculas eritematosas que evoluem para bolhas superficiais com conteúdo seroso. Estas bolhas se rompem facilmente levando à formação de crostas finas, lisas, de cor amarelo-acastanhada semelhantes a uma película de verniz que, ao descamarem, não deixam cicatriz.
As lesões são pequenas, múltiplas e em vários estágios evolutivos. O impetigo bolhoso estafilocócico não compromete o estado geral, e a febre só está presente quando existem lesões múltiplas. Localmente, o desconforto é pequeno, podendo ocorrer prurido. A diferenciação com o impetigo bolhoso estreptocócico pode ser feita pelas características das crostas que, nas estreptococcias, se apresentam espessas e melicéricas. No entanto, em cerca de 10% dos casos, Streptococcus pyogenes podem causar lesões semelhantes. A identificação etiológica deve ser feita por cultura de material obtido das bolhas.
CELULITE
A partir da superfície tegumentar, por invasão direta ou por infecção preexistente, ocorre invasão para o tecido celular subcutâneo, causando celulite, linfangite e linfadenite. Estas infecções se manifestam com dor no local, eritema e edema de limites mal definidos e calor local. A febre e os sintomas gerais são expressivos. Presença de secreção purulenta ou processo supurativo local possibilita o diagnóstico microbiológico com segurança. Do ponto de vista clínico, o diagnóstico diferencial com celulites de outras etiologias pode ser difícil. Em crianças nos primeiros anos de vida, o Haemophylus influenzae é importante agente etiológico das celulites. A celulite periorbitária é frequentemente causada pelo S. aureus.
A partir de infecções focais ou ferimentos nas proximidades, há progressão para os tecidos moles, peri e retro-orbitários, causando sinais inflamatórios expressivos que podem levar à protrusão e a paralisias oculares. Como complicação grave, pode ocorrer acometimento dos seios cavernosos do sistema nervoso central (SNC) e das meninges, determinando quadros que exigem diagnóstico e terapêutica rápidos.Streptococcus pyogenes também é agente comum de celulites. Os germes anaeróbicos podem causar celulites cujo quadro clínico, em geral, é mais grave e está associado a condições locais e sistêmicas predisponentes, com lesões mais extensas e possibilidade de produção local de gás.
Em geral, estas infecções são mistas ou polimicrobianas e S. aureus pode determinar infecções em partes moles que caminham pelas fáscias musculares, causando fasceítes necrosantes. Nesses casos, é a regra a concomitância com germes anaeróbicos desempenhando papel central na patogênese das lesões. Corpos estranhos, ferimentos perfurocontusos, diabetes e isquemias teciduais são condições favoráveis à instalação, à progressão e à disseminação da infecção.

Fonte: Telessaude

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